guns ain't roses

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

2011 foi...

um ano memorável.
Todas as coisas de que eu tinha certeza em minha vida tornaram-se incertas. Harry Potter, escola, amigos. Lá se foi a certeza de que sempre seria pra sempre mesmo. Mas, de todo, 2011 foi um bom ano com perfume de promessas e recheado de suspresas.
O sentimento que 2011 deixa é que eu descobri um bocado de coisas: sobre amizade, transporte público, independência, cursinhos e cronogramas. Acredito que quando você percebe que tem de tomar decisões para toda vida (tipo escolher uma opção de curso pra gastar seus próximos cinco anos), você começa a tomar consciência de novas responsabilidades que você não tinha e de como suas decisões afetam sua vida (ou no caso, afetarão).
2011 vai ser lembrado por ser o ano em que eu tomei menos trinta em NYC e reclamei feito louca mesmo estando na cidade que nunca dorme, dormi em uma cena inteirinha de Phantom of the Opera na BROADWAY (!), vi o Iron Maiden tocar ao vivo, vi revoluções no meu colégio (que aliás é o primeiro colégio do Brasil a adotar tablets na sala de aula, MAS O DIRETOR -da unidade norte, pelo menos- É UM GRANDE BABACA!!!!!!!), tive meu último dia de aula na melhor turma da escola, formatura, fui de Missões pela primeira vez, conheci pessoas inesperadas e queridas, fui ao Rio e muitas outras coisas mais...

Feliz ano novo, galera! Que venha 2012 com uma vaguinha na UnB pra essa que vos escreve =D
ps: 2012 vai ser o ano de Foo Fighters ao vivo, pqp! E de Star Wars no cinema de novo =D

sábado, 3 de dezembro de 2011

Medo de crescer e alguma coisa mais



Numa dessas minhas andadas pelo meu colégio (que agora fica quase vazio à tarde, com apenas um ou outro aluno mais novo e uns alunos do terceiro ano com os rostos enfiados em apostilas), tive uma espécie de epifania. Um raro momento de revelação fez-se enquanto eu andava rumo ao clarão que tem na entrada do colégio. "Somos sobreviventes!" eu pensei enquanto olhava o colégio vazio. "Eu sou sobrevivente", permiti que esse pensamento permeasse minha mente pessimista. E mesmo que vestibular e essas avaliações digam "fracasso", eu pensarei que sobrevivi um pouquinho, que sou um pouquinho vencedora.
Não é possível que só eu perceba essa sensação de estafa de alguém que nadou até a praia incasalvemente e ao final chegou a terra firme. Não assisti ao Náufrago de Tom Hanks, mas acredito que se o amigo do Wilson fosse real, estaria sentindo o mesmo ao chegar naquela ilha. E acho que posso me fazer valer dessa metáfora: o Ensino Médio é o percurso nadado até a Ilha que não necessariamente será boa, mas te tornará um sobrevivente. Quantos ficaram pra trás? Quantos não resistiram às ondas, aos medos... Foram muitos.
Quando olho para os meus amigos e quando eu tento olhar para mim, vejo o quanto mudamos. Três anos atrás, eu era uma pessoa com uma cabeça fechada pro mundo, fechada para minha vida. Foram três anos de sair da comodidade e entrar para o mundo. E especialmente, os últimos dois anos. Mudar de colégio praticamente sozinha foi uma decisão louca, mas eu não me arrependo disso. Era necessário, apesar da falta que eu tinha dos meus amigos e do meu antigo colégio. Mudar para o Sigma foi como viajar para um lugar desconhecido sem minha família, tendo que me virar sozinha dia pós dia. Mas assim como toda longa viagem, no final você descobre que aquele outro lugar bem podia ser seu lar, afinal lar é onde está seu coração. E meu coração encontrou naquele colégio gigante, cheio de revolucionários e sonhadores, um lar.
Quando dizem que o Ensino Médio é a melhor época de nossas vidas e nós reclamamos, não sabemos como é ruim sair dele. Nesses anos fiz meus melhores amigos, aprendi um pouco mais sobre mim e vivi os momentos mais espetaculares da minha vida. Aprendi que nossos amigos de verdade nos apoiam, brigam com a gente e não só criticam e põe defeitos, mas colocam a gente pra cima e de um jeito ou de outro, nos amam. Nesses últimos dois anos convivi com quarenta e poucos guerreiros que me ensinaram que você não necessariamente gosta de tudo em seus amigos, mas você aprende a respeitar o que você não gosta e talvez ajudá-lo. Convivi com pessoas que não tinham nada em comum, mas quando se juntavam podiam passar momentos inesquecíveis. Vou me lembrar das brigas da Semana Cultural, das canções que cantamos juntos, dos almoços e grupos de estudo. Vou lembrar da cara de choro na aula da saudade 1 e no último dia definitivo de terceiro F. Vou me lembrar que vocês me ensinaram a sonhar porque nunca deixaram que alguém dissesse que vocês não podiam. Parafraseando o velho Roque, vocês são a melhor turma da escola.
E agora se me perguntasse se estou feliz, bem eu diria que estou. Horas antes do meu vestibular oficial, eu só peço a Deus um pouco de sorte porque eu tentei estudar e o Sigma com todas as burocracias ainda tem os melhores mestres que eu podia no mundo. Não só professores, muitos tornaram-se amigos. Me diz como eu vou viver sem esse sofrimento de me matar pra passar em Física? Nunca mais vou gritar "Ele merece!" na aula do Alceu rs. Acho que nenhum professor vai ver isso (talvez o Marti porque ele é todo moderno no face e tals), mas eu gostaria de dizer que Deus coloca cada um deles nessa profissão pra mudar a vida de pelo menos um aluno e os meus professores fizeram bem esse papel. Quando precisei que alguém acreditasse em mim, eles muitas vezes estavam lá. Então, mestres, muito obrigada.
O texto ficou muito longo, mas era minha forma de dizer obrigada às pessoas que participaram dessa fase tão importante da minha vida. Boa sorte no vestibular!

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Pelo direito de gostar de Matemática... E não compreende-la!

Preciso admitir: sou horrível em Matemática. Aquela lógica de análise combinatória, aquela maldita Trigonometria, áreas que nunca precisarei. Não adianta, não vou aprender nunca. Não é frescura, é dificuldade mesmo, uma coisa que vem desde a oitava série senão antes.
No entanto, estou aqui buscando fazer um manifesto em nome de todos alunos que assim como eu tem muitas dificuldades para lidar com essa matéria, porém, sentem-se realizados nela. É simples: eu gosto de Matemática. Sinto-me feliz quando consigo resolver um exercício com um nível de dificuldade médio para díficil, aliás muito mais do que quando entendo toda uma matéria de humanas e quase nunca fico entediada com as aulas. É verdade que ela me estressa e muitas foram as vezes que eu quis jogar meu livro pela janela, no entanto, Matemática realmente está bem longe de ser odiada por mim porque afinal, ela me desafia colocando obstáculos que não necessariamente me colocarão para baixo, mas sim me darão confiança caso sejam vencidos para ser uma estudante melhor.
Por isso, ao fim do meu Ensino Médio, cá estou agradecendo a Matemática por ter me feito uma pessoa bem mais perseverante do que era, batalhadora e estudiosa, se é que posso dizer isso. E também, aos meus velhos professores dessa matéria. Até os mentirosos me ensinaram alguma coisa valiosa que eu vou levar para o resto da minha vida. Obrigada, Matemática.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Aos que gostam de burocracia que me desculpem

( A nata de Brasília)
Me lembro bem quando ouvi falar pela primeira vez em uma simulação da ONU. Meu primo comentou de uma noite cultural que ia acontecer com comida de vários países e coisas desse tipo. Alguns anos depois, um amigo meu comentou das pérolas de um tal de Sigma Mundi, me explicou o que era, mas eu não entendi direito só fui descobrir mesmo o que era quando finalmente entrei no Sigma.
Simular é bem simples. Um monte de adolescente vestidos com roupas sociais se chamando de delegado, divididos em comitês com temas falando fora do usual (crise no mundo árabe, caso da Serra Leoa, situação da Líbia etc) e aprimorando as técnicas de discurso. Simular de verdade é mais complicado. Você tem que aprender as técnicas do jogo, ter uma boa conversa fiada, jogo de cintura e o mais importante, você tem que gostar. Não tem que fazer isso porque alguém te disse melhora sua fala em público ou só porque melhora suas notas do segundo período (dupla verdade), mas porque simular faz você ter uma mente aberta para um mundo que é muito grande.


Eu tenho poucas simulações no meu currículo, mas sinto a diferença. Não se trata só de estar ali e ser um caça-menção (aqueles delegados que querem chamar atenção e serem eleitos os melhores dos comitês), mas de conhecer coisas que você não conheceria se não simulasse. Por exemplo, alguém ai sabe onde fica Chade? Se trata também de criar um senso de humanidade e trabalho em equipe fora do comum. Se trata mais ainda de fazer amigos.


Amigos sim, por que não? Simular não se trata só de ter excelência acadêmica, mas de festejar. Festejar porque somos jovens e estamos atuando num mundo, festejar porque nós somos os amigos que se juntam para beber e para discutir sobre qual seria o melhor tema de comitê da História. Festejar porque afinal de contas, a vida é isso, a vida é uma festa. Temos muito o que festejar e pra vocês que acham que simulação é só uma experiência acadêmia, fodam-se vocês.





terça-feira, 4 de outubro de 2011

Cidadania e participação social - Enem 1999

Na antiga Grécia, cidadão era aquele que era nascido na cidade e e não era escravo(foi assim durante um período de tempo). Tempos depois, surge a percepção de que cidadão é aquele ser registrado no cartório. Com o passar dos anos, durante a primaveras das democracias, forjou-se um novo conceito de cidadão: um ser com ideais políticos e engajado, um ser ativo. A questão é : isso é apenas um bonito ideário? Como tornar a utopia, uma realidade?
Para responder essa pergunta, voltamos à Grécia Antiga. No modelo de sociedade proposto por Platão, os que governavam a cidade eram os que passavam a maior parte da vida estudando com afinco. Fazendo uma breve ligação com a sociedade atual, o governo da democracia é “do povo”. Não seria lógico então que aplicando a lógica platônica de “politéia”, ou seja, de uma cidade perfeita, que o povo fosse então mais instruído? Buscando um patamar de realidade atingível, o povo ao menos não deveria ser instruído de sua função política? E ainda partindo desses preceitos, a instrução não deveria começar desde a juventude? Porque segundo esta realidade concebida pelo filosofo grego cada um mostrava durante a vida uma pré-disposição (as chamadas almas de ouro, prata e bronze) e assim cada um atuava na pólis como lhe cabia. Certamente, conhecendo desde a juventude um determinado contexto, o discernimento clareia os pensamentos de uma determinada pessoa sobre infinitos assuntos. Adaptando para realidade atual, podemos dizer que o cidadão que conhece desde cedo sua realidade sabe mais cedo o que deve fazer nessa sociedade para atingir o status de “politéia” ou mesmo de “governo do povo” no sentido literal e não apenas figurado como vem sendo há décadas.

Além desse embasamento filosófico, a ideia de ter o jovem como pilar dessa sociedade está intimamente ligado com a natureza revolucionária incutida em cada adolescente. Em um período cheio de mudanças e com os hormônios trabalhando para que o humor mude com frequência, é natural que o jovem se revolte e tenha vontade de deixar sua marca na história. Comodismo é um mal de adultos. Será? Será mesmo que com o pouco que temos feito seremos a mudança que queremos ver em nosso país? Será que temos consciência que a sociedade que temos hoje é um retrato das escolhas da geração de nossos pais? Será que cairemos nas máximas imortalizadas por Elis Regina que diziam “Ainda somos os mesmos e vivemos como nossos pais”?
Será que nos acomodaremos na marginalização e em meio de tanta sujeira não teremos voz para sermos ouvidos?

No entanto, o futuro é incerto e o que resta é que mais uma vez os jovens tenham sua vez de interagir com o mundo. A participação social é um direito do jovem para que ele possa exercitar sua cidadania e não cair no abismo da alienação. Os jovens afinal são o futuro da nação...

sábado, 1 de outubro de 2011

A dança

(De uma inexperiente dançarina que de espectadora das amigas foi para o meio do palco)

A pura liberdade. É isso que sinto quando estou na sala errando e dançando no meio de estranhos. As coisas do cotidiano até entram na cabeça, mas não interferem na sintonia que eu tenho. O suor é recompensa.
Mesmo tendo trocado de estilo, me sinto da mesma maneira. Eu me mexo e sinto cada ossinho do meu corpo mais leve, os movimentos persistente nele como grude depois da aula. A dança me mostra uma ligação que eu não sabia que eu tinha. É meu tempo comigo mesma.
Quando a minha professora de ragga fala sobre energia, ela realmente tem razão. Dançar faz bem pra alma.

domingo, 24 de julho de 2011

As últimas férias escolares da minha vida

Coisas que fiz:
- Representei um país africano que ninguém nunca ouviu falar em uma simulação em São Paulo, a SPMUN.
- Recebi a nota do vestibular e me escondi no banheiro pra chorar.
- Tomei um monte de energético que não serviu pra nada. (só pra eu ficar pobre)
- Andei de metrô em São Paulo e em Brasília.
- Decidi que não sei o que quero fazer da minha vida. (excelente primeiro passo)
- Estudei Físico-Química.

Coisas que não fiz:
- Não abri o livro de Matemática.
- Não toquei violão.
- Não corri todos os dias.
- Não cozinhei.
- Não fiz nenhuma compra legal.

Adeus, vida anterior.

domingo, 26 de junho de 2011

Roda moinho, roda-gigante

Sou incostante. Ora quero muito algo, ora quero me ver longe disso.
Indecisão é meu segundo nome e quer me ver irritada é me botando pra decidir qualquer coisa (do filme que vou ver ao vestibular que vou prestar). Mas de uns tempos para cá eu decidi que eu pararia de correr das minhas escolhas e pararia de me enganar. De agora em diante, vou encarar a verdade.

sexta-feira, 17 de junho de 2011

O desafio de se conviver com as diferenças - Enem 2007

“As diferenças são o que dão sabor às relações”. Essa é uma resposta comum quando se há um atrito entre um grupo de pessoas. Ideias diferentes, pontos de vista diferentes e mesmo preceitos morais diferentes levam um grupo de uma educada exposição de pontos de vista à uma acalorada discussão. O tal sabor dado pelas diferenças estimula um bom debate, mas também pode gerar as famosas “diferenças irreconciliáveis” que levam um casal a separar, conflitos armados no Oriente Médio e ao preconceito racial (velado como aqui no Brasil). Mas seriam realmente as diferenças as culpadas por tantos desentendimentos? Como uma sociedade que consegue unir suas diferenças e transformá-las em um adocicado sentido da vida, consegue ao mesmo tempo transformá-las no lado mais amargo da vida de muitos cidadãos?
Difícil saber quando começamos a elucidar sobre o que temos e o que não temos em comum com as pessoas que nos rodeiam. Talvez esses conflitos psicológicos nasçam um pouco depois da pré-escola, naquela fase em que a criança começa a escolher como amigo o garotinho com o maior número de carrinhos. A criança cresce em seu domo, conhecendo apenas seu mundo e acreditando que ‘seu’ mundo é o mundo padrão. Ledo engano. Ao tornar-se adolescente, a alienação continua e em algum momento criou-se o nome “bullying” para todo o ato de crueldade cometido com aquele que sofre por ser diferente do padrão, seja o mais gordinho, seja o nerd, seja o com sotaque diferente. Identificar o bullying é bom, mas ainda é muito pouco uma vez que seu combate só abrange aquele minúsculo círculo e resolve aquela ínfima parte do problema social que nós temos. Não resolvemos um terço do problema de preconceito que a sociedade acredita ter, isso sem contar o que ela realmente tem porém esses são os primeiros passos em direção ao convívio harmônico.
É uma complicada missão, a de aceitar ideias e modelos que os que se opõe aos criados por nosso próprio sistema nervoso. Questões históricas como os conflitos que permeiam o Oriente Médio são um caso muito comum ao se falar de diferenças que ultrapassam a barreira da comodidade do círculo de amigos. Esses conflitos separam famílias, matam pessoas e certamente levarão anos a serem resolvidos. Veja o caso de Israel e Palestina. Antes mesmo da questão diplomática é preciso pensar nas duas populações que cultivam o ódio uma pela outra há muitos anos e não são incentivadas por seus governantes a procurar conhecer a cultura de seu "inimigo" e nem seus motivos. Será que existiriam esses conflitos se eles buscassem se conhecer? Ou mesmo se houvesse um incentivo mínimo dos seus respectivos governantes à tolerância?
A tolerância precisa ser cultivada dentro da família, escola e desde a infância. Como já foi citado nesse texto, é na infância que começamos a descobrir quem somos, por isso, devemos mostrar a nossas crianças que as diferenças estão no mundo para que se haja um troca de experiências rica que proporcione a cada um ganhos. Não devemos esquecer que no mundo atual a tolerância é fundamental para obtermos sucesso no trabalho, em relacionamentos afetivos e em relações de amizade. A tolerância é o caminho para que cada um tenha a liberdade de ser o que é, gostar do que gosta e viver do jeito que vive seja judeu, árabe, branco, negro, homossexual, heterosexual, goste de rock, goste de pagode, viva no Brasil ou nos Estados Unidos.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Análise antropológica das muletas




...Ou minha semana engessada


Venho declarando nesse blog há muito que estou ganhando minha independência aos poucos .Essa semana me vi em uma situação que está me fazendo questionar toda essa independência: estou engessada. Coisa boba, um joelho virado durante uma aula de dança e nada demais (ou assim espero). Junto do gesso que cobre minha perna direita inteira (e as muitas obras de arte nele inscritas), vieram as muletas. Muletas são objetos frios moldados para servirem de apoio quando você não consegue andar sozinho. Muleta é uma ajuda inesperada quando você não consegue carregar seus livros e descer as escadas. Muleta é um sorriso de apoio bobo.


Foram as muletas que me fizeram questionar tudo. Passei dois dias inteiros pedindo incessantemente por muletas e acreditanto que elas seriam a solução do meu problema. Achei que minhas muletas representariam novamente a independência de andar de um lado para o outro, mas me enganei. Minhas muletas físicas mal me ajudam a chegar até o banheiro e na verdade, não me libertaram das minhas muletas humanas. Sem minhas muletas humanas, eu nada seria.



Por isso essa semana pensei muito em como é maravilhoso ser 'independente' para fazer coisas simples como sair do inglês e voltar ao colégio sozinha e fiquei imaginando também como é dura a realidade das pessoas que sofrem com isso permanentemente. Também pensei em como é bom ter amigos e familiares sendo minhas muletas humanas nessa situação. Fico pensando se eu faria o mesmo se eles estivessem na minha situação.



No mais, obrigado a minhas muletas humanas e espero não precisar mais de muletas físicas de novo.


sexta-feira, 27 de maio de 2011

Como nossos pais

Estou crescendo. Aquelas últimas amarras que eu tinha com a infância estão se desfazendo aos poucos e eu não tenho controle sobre isso. Antes, eu lidava menos com meus próprios sentimentos e os jogava no mundo, agora percebo que a tendência é que eu guarde para mim o que tenho de mais profundo. Ou o que não tenho.
Me vejo independente ou estou vivendo isso o máximo possível. O que é triste porque tudo parece passar mais rápido, não parece que temos mais tempo para nada. Me agarro em pequenos espaços de tempo para que o mundo não me torne mais uma adulta da sociedade antes do meu tempo.

domingo, 22 de maio de 2011

O cabelo cresce...

Me segura senão eu corto assim!!!

...Mas a dor passa.


Eu sou uma pessoa consideravelmente estranha. Aliás, inteiramente estranha. Tenho umas obsessões loucas e vivo criando apostas com minha própria mente, metas loucas e em geral estou sempre pensando demais no futuro. Me declaro culpada, sou mesmo obcecada por planos e por controlar tudo que está à minha volta, tudo que está acontecendo. Isso invariavelmente me torna uma pessoa de díficil convivência. E minha mais recente meta (tirando passar no vestibular e comer só uma unidade de chocolate por dia) é a deixar meu cabelo crescer.


Explicação: eu tenho mania de mudar meu cabelo cada vez que meu humor muda. Mentira, eu sempre quero fazer alguma coisa louca com meu cabelo toda vez que eu acho que minha está sem graça.


Em 500 Dias com Ela escutei que Summer ficava impressionada com a facilidade que podíamos cortar os cabelos e que depois eles cresciam ou algo assim. Eu me impressiono quando penso que na verdade, os cabelos são uma das poucas coisas da vida que nós temos controle real e eu me sinto dona do meu próprio nariz quando mando cortar curtinho porque eu gosto de cabelo curto.


Então, por que controlar a vontade de cortar? Porque eu me arrependo fácil das coisas que eu faço rs.

Mas recomendo a cabeloterapia.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

O que aprendi aos 16 anos



Para não perder a tradição...


Esse texto vai ser quase uma párafrase do que foi ano passado. Tornei a aprender sobre amizade, amor e mais uma vez tive lições sobre persistência e sobre como (não) estudar. A diferença é que em maio do ano passado, eu não sabia nada sobre mudanças e no ano que passou elas sairam do papel para tornarem-se realidade e agora eu posso falar com propriedade sobre elas. E na certa, ano que vem, eu vou dizer o mesmo.


Em um ano: fiquei solteira, cortei o cabelo curto, pintei o cabelo, aprendi a tocar violão, não fiz brinco nenhum, viajei para os Estados Unidos, fiquei de recuperação final pela primeira vez na vida, aprendi a cozinhar, aprendi a estudar, comecei a dormir menos de seis horas por dia, decidi o que fazer para o resto da minha vida (ou na faculdade haha), comecei a dançar, comecei a correr, vi o Iron Maiden ao vivo e não vi o Paul, baixei a discografia do Foo Fighters, comecei a simular, virei amiga de pessoas do sexo feminino, mas descobri que não adianta nada porque minha sina é ser amiga de homens; perdi oito quilos e os ganhei de novo com muito esforço, parei de ler quarenta livros por ano e de escrever em diários; escrevi no blog e parei, fiz uma coleção de séries. Me apaixonei, quebrei a cara, tomei minha primeira bezetacil e não chorei, tomei a segunda e chorei, comecei a odiar. Tive experiências grandes do amor de Deus em minha vida e rezei muito para que Ele me abençoasse e Ele me concedeu tudo que eu precisava. Desisti de tocar violão. E agora quero tocar novamente.


E que venham os dezoito anos!

segunda-feira, 25 de abril de 2011

A Páscoa há dois anos atrás

Escrevi esse texto há dois anos atrás. É bobinho, mas eu gostei.


"Hoje na missa, estava me indagando. O que é pra mim,Páscoa?Vieram à minha cabeça respostas do que é a Páscoa para o resto do mundo: a data do chocolate, a época do ano,onde os mercados parecem feiras,tempo em que o verdadeiro significado da data é esquecido.Mais até do que o natal.
Vê se alguém lembra que a Páscoa pros judeus é a saída dos hebreus do Egito? Ou que é a celebração da passagem do inverno pra primavera (em outros países)? Ou mesmo que é a data em Jesus ressuscitou? Bom, eu digo:poucos pensam na Páscoa como a Páscoa verdadeira.
O significado belo e libertador,independente da religião,perdeu-se no consumismo desenfreado e na cegueira do
chocolate. Eu,como católica praticante,vejo com dor que esse feriado que deveria significar mudança,significa mais dinheiro no bolso dos que já tem.Pros católicos,Cristo morreu para nos libertar do pecado,um ato de amor imensurável.Poucos,vêem nesta data a chance de celebrar o amor!
Não sou um exemplo de pessoa, e muito menos estou dizendo que é pra todo mundo ser católico. Mas,eu como ser humano,quero fazer a minha crítica à sociedade (isso inclui à mim e minha família também).As pessoas estão transformando feriados legais em massacres de consumismo.Imagina as crianças que não tem dinheiro pra comprar o ovo da Hannah Montana (R$ 24,90 nas Lojas Americanas) ou do Ben 10 (R$23,90 no Pão de Açúcar)?Como elas se sentem?
Páscoa não é isso, galera!É MUITO, MUITO mais. Para mim,a Páscoa é a libertação do pecado.E pra você,independente,se você é budista,judeu,maçom,espírita,ateu,evangélico pode ser uma data MUITO maior do que só chocolate!
Essa é minha mensagem de Páscoa. Uma reflexão meio punk é verdade,mas é tudo que eu acho."

sábado, 2 de abril de 2011

Iron Maiden 30.03.11 - The Final Frontier World Tour


Foram meses contando dias. Semanas decorando trechos de músicas que eu não conhecia direito, escutando sem parar a mesma setlist no iPod e entrando diariamente na comunidade da banda de heavy metal mais famosa do mundo. Um show que foi o ponto culminante de quase dois anos de amor e devoção por uma banda que fez tudo e mais um pouco para que minha noite do dia 30 de março deixasse de ser só normal e se tornasse marcante!

Eu cheguei no show por volta das 19h45 acompanhada de um amigo. Logo eu encontrei uma turma de amigos com quem eu tinha combinado de curtir o show. Esses caras com quem eu fui são meus blood brothers e agora o nosso vínculo de amizade foi oficializado com a benção de Bruce, Adrian, Dave, Janick, Steve e Nicko. Foram momentos lindos o que vivemos antes, mas o show do Iron com certeza vai ser um marco e daqui a vinte anos vamos contar para os nossos filhos como foi bom ter visto esse show juntos.

Uma banda brasileira abriu o show. O show foi bom e tal, mas acho que eu estava muito ansiosa com o show seguinte. Não só eu, tinha um milhão de pessoas contando os segundos para o Iron entrar. Neguinho gritava '15 minutos!'. De repente, todo mundo ali era uma família. Quando as luzes diminuiram e começou a tocar Doctor, Doctor o pessoal explodiu em gritos! Eu segurei o choro e escutei os primeiros acordes de Satellite. O show começou e eu não podia acreditar! O Iron Maiden estava na minha frente!


É difícil dizer como me senti durante aquelas duas horas ou quase três que se passaram. O Janick Gers estava bem na minha frente e eu pude conferir cada fio do cabelo cada vez mais branco do Bruce. Achei o Dave bem velhinho e Deus do céu, eu vi o deus da guitarra tocando ao vivo e ele se chama Adrian Smith. Isso sem contar que Nicko e Steve mesmo velhos ainda são bem enérgicos. O Steve mantém uma série de caretas e balançadas rítmicas com a cabeça. E eu estava lá e vi tudo isso.


Eu não sei muito sobre como descrevê-los em relação ao musical. Para mim, as músicas estavam todas perfeitas como elas deveriam ser. O que me matou mesmo foi "Coming Home", "2 Minutes to Midnight" e "Iron Maiden". Nem são minhas músicas prediletas, mas ao vivo... Arrepiam.


O que posso dizer de um dos dias mais felizes da minha vida, não se resume em palavras.

segunda-feira, 21 de março de 2011

Cult

Queria ser cult. E é aos cults que eu dedico o meu post de hoje. Viva o cult!

Cult é falar de música brasileira, desde Chico a Móveis. Cult é ler Goethe, Machado e parafrasear Vinicius. Cult é fazer um sarau no sábado ao anoitecer com um sambinha bobo na varanda de sua própria casa. Cult é conhecer indie de verdade, não The Killers (mas se tiver The Killers, it's ok). Cult é música francesa e um vinhozinho tinto acompanhando (mas só depois dos dezoito).
Cult é chazinho e sequilho, aqueles beijos de chocolate de um ladinho e chocolate com menta do outro. Cult é salmão grelhado sem cara feia!
Paris é cult. NYC não é cult, é glam (pelo menos eu a vejo assim, mas também não procurei tanto assim haha). Isabel Allende é cult pra mulherzinha, Dan Brown é nerd!

Queria ser cult.
Ou chique, tanto faz.

Ps: She and Him acabou de sair da minha lista de cult. É chatíssimo!

terça-feira, 15 de março de 2011

Escrever é um privilégio

Tem dias que tento começar uma postagem aqui no blog. Eu entro, dou uma olhadinha e meus dedos digitam palavras perdidas. No entanto, são apenas palavras perdidas e nada mais que isso. Fecho a janela irritada e prometo que escreverei outro dia.
Escrever sempre vai ser parte de mim. Eu me lembro de ter escrito minhas primeiras palavras copiando placas que via na rua e aos seis anos, lembro-me de que ganhei meu primeiro diário (de muitos). Desde então minhas mãos coçam quando eu vejo um caderno em branco e um teclado disponível.
Já escrevi sobre tantas coisas! Não só o blog, mas minhas histórias, meus diários e até mesmo redações escolares. Nem tudo é primoroso, nem tudo faz sentido. No entanto, escrever aos poucos tornou-se parte de quem sou. Minhas emoções afloram com facilidade quando a caneta encosta no papel. Escrever me torna mais humana. Para mim, escrever é um privilégio.
No entanto, não tenho escrito nada de decente. Juro que estou tentando, mas nada. Por isso, hiatus criativo de novo. Paciência!

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Amor de quarta série

Eu estou regredindo. Bem, essa é a palavra quando uma pessoa de quase dezessete anos, daquelas que de tímida não tem nada e usualmente não tem tabus na vida, começa a sentir os estranhos sintomas do amor platônico. Pois é, calafrios, vergonha de falar ou mesmo olhar nos olhos, coradas sem motivo e um leve abestamento.
Eu fico me perguntando o que foi que aconteceu. Ultimamente, eu estou tentando ser menos cética em relação a sentimentos e aprendendo a segurá-los, mas como explicar que eu esteja sofrendo de amor platônico quando a fase do amor platônico já devia ter passado há uns seis anos? Veja bem, todos os pré-requisitos são preenchidos com perfeição: eu nunca falei com a criatura na vida, eu tenho sérios problemas de falta de fala quando ele está à quinze metros de distância (o que é pouco considerando que nossas salas são em lados opostos), eu ando ganhando um tom avermelhado sem motivos e eu penso nele com alguma frequência (!). Mal sei seu nome, não sei do que ele gosta e definitivamente não me sinto segura para falar com ele, nem um oi.
Isso me leva a repetir a pergunta que Renato Russo entoou em Eduardo e Mônica: Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitos pelo coração? Bem, eu digo. Mundo estranho, eu,hein.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Uh, uh... É terceirão?!


Minha vida era perfeita há duas semanas atrás. Eu não acordava cedo como eu pretendia, mas acordava em uma cama de hotel fofinha e quando abria os olhos, as primeiras "coisas" que eu via eram as caretas emburradas das minhas amigas entre sonelentas e entra putas com o tio da Diana (interna) e apesar de tudo isso era um bom sinal. Era o sinal de que estávamos em um lugar cujo fuso-horário confundia o tio da nossa amiga e por isso ele cismava em ligar horas mais cedos. Um lugar coberto de neve, aliás. Com waffles no café, véi!!!!!!!!!

Ok, mas não é de Boston, nem dos EUA, nem de nada relacionado à minha viagem, que eu vou falar. Isso exigiria muito mais que um post e assim que eu criar coragem, eu vou escrever tudinho. O que eu quero falar hoje é sobre como a realidade é uma porcaria.

Lá estava eu, em meu sonho perfeito com neve e amigos e gente falando inglês. Cá estou eu, um calor infernal durante o dia, chuva inusitada, duas semanas sem ver Law and Order porque adivinha?! No horário de Law and Order, eu estou fazendo DEVER DE CASA! E não é nem que as matérias estejam difíceis, não estão, mas o ritmo é outro, o esquema é outro e dessa vez não são só provas: é vestibular, é a vida!

Então, esse é só um post para reivindicar meus direitos de assistir televisão à noite toda, dormir às 22 horas, fazer biscoitos a hora que eu quiser e ler os milhares de livros na fila.

ps: Dia 28 começam minhas provas. Preparem-se para posts com raiva do mundo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

All the pictures have all been washed in black...

Existem momentos na vida em que você para e pensa "Puta merda, eu mudei". E existem aquelas pessoas que tem esses momentos todas as horas da vida. Bom, vou contar um segredo para vocês: em geral, elas não mudaram coisa nenhuma, he. Elas querem mudar e se elas tiverem um pé na merda (que nem essa que vos escreve), elas não mudarão.
O fato é que às vezes essas pessoas começam a querer tanto uma mudança imediata que elas que... Elas quebram a cara! E aí quando elas desistem de tentar espremer mudanças nos fatos mais estranhos e comuns do dia-à-dia, a mudança finalmente vem.
A adolescência é um momento irritante da nossa vida exatamente porque nós esperamos tantas mudanças e responsabilidades ao decorrer dos anos e nada vem ou parece vir evidentemente, mas quando olhas para trás as coisas passaram mais rápido do que esperávamos e já estão deixando o sabor amargo da saudade.
Estive pensando nisso enquanto viajava e principalmente ontem quando fui à colação de grau da minha prima. Já estava emotiva porque via todas aquelas pessoas, algumas muito humildes que provavelmente eram as primeiras a se graduarem na família e eu ficava imaginando como elas estavam se sentindo. Depois fiquei pensando em toda pressão para entrar na Universidade que antes não era uma realidade, mas agora está bem na minha porta e é uma responsabilidade unicamente minha. E por fim, pensei que em breve estarei saindo da escola e rumando para outro lugar que provavelmente não é nada parecido com a escola.
Pensei em meus amigos e percebi que muitos se perderão em velhas fotografias. Muitos deles me fizeram ser quem sou. Alguns (na verdade, algumas e aí vai um agradecimento especial à uma garota que especificamente teve um nilo de paciência comigo) enxugaram lágrimas, outros fizeram que eu as derramasse. De muitos eu gostei, com alguns eu me atritei. E houveram aqueles que eu magoeei e não me perdoarão, aqueles que eu magoeei e que aos poucos vão me perdoar e os que me magoarão sempre e ainda asssim serão sempre pessoas que me fazem ser quem sou. E ao final deste ano, talvez o pra sempre não seja pra sempre, de fato.
O fato é que as mudanças virão e estão vindo, e espero que pelo menos por enquanto nós estejamos muito como sempre. Everlong.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Vinte e alguns uns

O primeiro post do ano está sendo escrito à beira-mar. Tudo bem, é mentira, mas eu estou mesmo bem longe de casa e no local onde estou ando alguns passos e estou na praia, ou seja, posso ouvir o barulho das ondas quebrando em algum lugar aqui perto. Deus do céu, parece que as coisas já mudaram tanto em 2011 que acho que minha última prece de 2010 começa a se fazer valer: aos poucos minha vida está começando a mudar, em passinhos pequenos me torno a mulher que serei ao final do Ano da Minha Vida (eu tenho que parar de criar expectativas).
Então, nesse post me liberto de mentiras e dou um novo passo, faço quase uma proposta e convido que entrem de novo em meu universo particular. Meu nome é Cristina, mas odeio que chamem com esse nome, faz com que eu me sinta com trinta anos. Tenho dezesseis anos e ando meio perdida em tudo. Eu queria poder dizer que sou zen e inspiro confiança, mas a verdade é que na maioria do tempo,minha testa está franzida de stress e eu estou tentando não matar alguém. Em geral, eu falo muito e principalmente sobre minha vida pessoal, por isso minha primeira promessa para o ano novo é voltar com meu diário e falar menos de mim e da minha vida/problemas para os outros. Eu sou neurótica, carente, chorona e em geral não sei perder, o que me torna uma pessoa briguenta. Sempre acho que estou com problemas e infelizmente admito que me tornei alguém que muitas vezes tenta ser outras coisas para agradar outras pessoas, por isso minha segunda meta é ser eu mesma, independente do que falem.
Acho que minhas metas sérias e de modificação de vida acabaram he. Posso parar de ser séria agora. O resto das metas é só porcaria de adolescente inútil, então podem rir com minhas bobagens e veremos se ao final do ano eu consigo cumprir, rs.
E tem outra coisinha: eu nunca escrevo desse jeito e provavelmente nunca escreverei assim de novo, mas quero tornar as coisas mais formais.
Outras metas:
- Fazer a porcaria do brinco que eu tanto quero na orelha, naquele lugar que eu não sei o nome rs.
- Aprender a dirigir com o papis.
- Passar no vestibular *quica quica*
- Fazer amigas do sexo feminino.
Vejo vocês quando voltar do paraíso.