guns ain't roses

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quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Os zeróis

Uma família de "zé-ninguéns" posa para a foto de um jeito tão deles que chega a ser cômico.Chamam-os de "zeróis",mas é o retrato da família brasileira de classe baixa,muitas vezes até mais baixa do que pensamos,que provavelmente nunca teve chance de viver com coisas que muitos de nós consideram triviais,mas para eles são regalias.São zeros à esquerda,mal tem o que comer,mas são e talvez até mais,heróicos do que os repudiam.Aliás,o conceito de heróico sobrevive mais neles do que em qualquer outro lugar nesta sociedade atual.
Ser herói hoje em dia é sobreviver quando não se há condições nenhuma de se lutar pela sobrevivência.Que armas uma família,que é considerada "indigente", tem contra um mundo que faz as regras a seu próprio favor?Que armas ela tem quando mal consegue colocar um pedaço de pão na boca de uma criança faminta?Que armas ela tem quando nem ao menos é reconhecida pela sua própria mãe-Pátria,quando às vezes ela não existe nem ao menos como cidadão?Eu lhe digo: ela não tem armas.Ela luta com o corpo,dia pós dia,exaustivamente até que lhe reste só um último suspiro,um suspiro de sobrevivente para dizer "Eu lutei um bom combate e cheguei até aqui".
Em um país cuja população tem cerca de 10,5% do seu total vivendo em condições miseráveis,sobreviver sem nenhuma perspetiva de crescimento é louvável.Porque o país te auxilia com um Bolsa-Escola se você tiver seu filho na escola.Mas,como colocá-lo para estudar quando ele tem que ajudá-lo no trabalho?Se 45 milhões de pessoas foram auxiliadas com 0,4% do PIB brasileiro,os leitores hãos de convir que há muito mais a ser feito.
Não basta um Fome Zero,há muito mais a ser feito.As pessoas precisam de empregos,de educação,de saúde.São todos pó do mesmo chão e ainda sim,não são vistos assim.Os zeróis deveriam orgulhar-se por vencer o cada dia,mas deveriam ter junto deles "meninos-prodígios" educados e saudáveis para lutarem juntos porque só assim vão poder vencer a grande batalha da vida.


Redação para o colégio.Vocês gostaram?

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Harvard

Vim aqui explicar rapidinho o layout que era para eu ter falado em junho.E também porque quero mudá-lo ainda esse fim de semana,já me encheu muito essa imagem.
Estou indo para Harvard no começo de janeiro.Pois é,ganhei uma bolsa para cursar Direito lá e virar a nova presidente do Delta Lu! Sou prodígio mesmo,hahaha :) Brincadeirinha!Quem me dera!Eu vou mesmo para Harvard,mas ainda não vou estudar lá (damn it)...Vou participar do Harvard Model,uma simulação da ONU em que alunos do Ensino Médio de diversos países brincam de gente grande no campus dessa honrosa Universidade.
Agora posso trocar o layout.

ps:AAAAAAAH FINALMENTE VOU SAIR DO PAÍS (DANCINHA DA VITÓRIA)!E vou pra NY city too!E para Washington!Queria muito visitar a Casa Branca!Isso sem mencionar que vou com meus colegas do colégio e vai estar NEVANDO!Neve,neve linda,ah ah ah!

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Mal do século

Depois de perceber o quanto eu pareço uma emo-revolts-nerdizinha nesse blog, decidi com esforço que não falarei da minha desgraça e das minhas reclamações nesse blog.NUNCA MAIS. (Ok,vocês sabem que eu não vou aguentar,mas prometo que tentarei segurar minha mão fatídica para histórias raiventinhas,hm.)
E sinceramente,eu acredito muito no amor (Ou pelo menos entrei em uma política de pensamento positivo para que ele exista de forma perpetúa) e percebi que ciúmes é muito ruim mesmo e falar dele, só piora porque ativa meus instintos (selvagens) e (ferram) não ajudam minha vida em nada.
Vou escrever sobre música,literatura e hipocrisia.
Mal do século nunca mais.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Desesperança,amargura e mentira


Gosto muito de ler webnovelas,mesmo.Para quem não sabe webnovela é uma espécie de fanfiction,mas muito menos parecido com o livro,lembra o enredo de uma novela ou de um filme.Quando é adaptada de um livro é bem Nora Roberts ou aquela outra mulher que pare romances à cada mês também,acho que é Danielle o nome...Ou Seleções de Banca.Enfim,bem dramático,bem água com açúcar,mas usa um vocabulário bem desenvolvido (pelo menos as webs que eu leio,costumam ser bem escritas) e abusa da descrição,tornando qualquer história quase um romance Realista de tão moroso.São romances arrebatadores com amores que nunca acabam e heroínas que nunca envelhecem.
Toda essa introdução era para questionar o amor que estão vendendo por aí.Eu sei que já falei muito de amor e tinha dito que não mais escrever sobre vida pessoal (e não vou),mas estou aqui para desiludir alguns corações mais moles.

Acho que não estou em um momento muito fofo,mas estive pensando e acho que nenhum amor é para sempre.N-E-N-H-U-M.Nem mesmo os de livros,porque sabe-se lá o que acontecesse com o personagem no meio segundo que se passa depois do final.Aliás,acho bem menos provável hoje em dia ter ilusões como casar com um namorado de adolescência por exemplo,ter cinquenta filhinhos e passar todos os dias da vida olhando para a mesmíssima pessoa,suspirando e pensando "Eu ainda amo este cara do mesmo jeito que amava há dez anos".Não existe e ponto.Quem diz que é assim,está mentindo,não faz sentido.
Não me entenda mal,fiquei meio cética quando li em algum lugar que nós só amamos por três anos e depois acaba,mas depois eu encarei a realidade...Depois de um tempo,não dá para amar.Você gosta,respeita,convive,mas daí a dizer que ama?Não,isso não pode existir.Ou sei lá,vai que existe e eu não sei,né?Eu só não consigo entender como casais duram,sei lá,vinte anos e continuam namorando como se tivessem a minha idade.Não consigo entender como as pessoas conseguem conviver com as mesmas pessoas durante anos sendo que não conseguem manter uma amizade do Ensino Médio para Faculdade...Acho que o amor pode existir como uma fagulha pequena que se reacende periodicamente em quase todos casais e em que alguns,seja mais frequente.Mas,amor,amor?Não dá,acho que é muita mentira.


Acho que amor de mãe,pai,irmão existe,mas amor carnal?Acho que existe tesão e pretensão de que a ligação seja fértil,mas não perene.Acho que os amores só existem em músicas do Extreme e em livros da Meg Cabot.Existe na Igreja,numa sala de parto,na ternura de uma amizade verdadeira...Mas,acaba aí.