guns ain't roses

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quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

2011 foi...

um ano memorável.
Todas as coisas de que eu tinha certeza em minha vida tornaram-se incertas. Harry Potter, escola, amigos. Lá se foi a certeza de que sempre seria pra sempre mesmo. Mas, de todo, 2011 foi um bom ano com perfume de promessas e recheado de suspresas.
O sentimento que 2011 deixa é que eu descobri um bocado de coisas: sobre amizade, transporte público, independência, cursinhos e cronogramas. Acredito que quando você percebe que tem de tomar decisões para toda vida (tipo escolher uma opção de curso pra gastar seus próximos cinco anos), você começa a tomar consciência de novas responsabilidades que você não tinha e de como suas decisões afetam sua vida (ou no caso, afetarão).
2011 vai ser lembrado por ser o ano em que eu tomei menos trinta em NYC e reclamei feito louca mesmo estando na cidade que nunca dorme, dormi em uma cena inteirinha de Phantom of the Opera na BROADWAY (!), vi o Iron Maiden tocar ao vivo, vi revoluções no meu colégio (que aliás é o primeiro colégio do Brasil a adotar tablets na sala de aula, MAS O DIRETOR -da unidade norte, pelo menos- É UM GRANDE BABACA!!!!!!!), tive meu último dia de aula na melhor turma da escola, formatura, fui de Missões pela primeira vez, conheci pessoas inesperadas e queridas, fui ao Rio e muitas outras coisas mais...

Feliz ano novo, galera! Que venha 2012 com uma vaguinha na UnB pra essa que vos escreve =D
ps: 2012 vai ser o ano de Foo Fighters ao vivo, pqp! E de Star Wars no cinema de novo =D

sábado, 3 de dezembro de 2011

Medo de crescer e alguma coisa mais



Numa dessas minhas andadas pelo meu colégio (que agora fica quase vazio à tarde, com apenas um ou outro aluno mais novo e uns alunos do terceiro ano com os rostos enfiados em apostilas), tive uma espécie de epifania. Um raro momento de revelação fez-se enquanto eu andava rumo ao clarão que tem na entrada do colégio. "Somos sobreviventes!" eu pensei enquanto olhava o colégio vazio. "Eu sou sobrevivente", permiti que esse pensamento permeasse minha mente pessimista. E mesmo que vestibular e essas avaliações digam "fracasso", eu pensarei que sobrevivi um pouquinho, que sou um pouquinho vencedora.
Não é possível que só eu perceba essa sensação de estafa de alguém que nadou até a praia incasalvemente e ao final chegou a terra firme. Não assisti ao Náufrago de Tom Hanks, mas acredito que se o amigo do Wilson fosse real, estaria sentindo o mesmo ao chegar naquela ilha. E acho que posso me fazer valer dessa metáfora: o Ensino Médio é o percurso nadado até a Ilha que não necessariamente será boa, mas te tornará um sobrevivente. Quantos ficaram pra trás? Quantos não resistiram às ondas, aos medos... Foram muitos.
Quando olho para os meus amigos e quando eu tento olhar para mim, vejo o quanto mudamos. Três anos atrás, eu era uma pessoa com uma cabeça fechada pro mundo, fechada para minha vida. Foram três anos de sair da comodidade e entrar para o mundo. E especialmente, os últimos dois anos. Mudar de colégio praticamente sozinha foi uma decisão louca, mas eu não me arrependo disso. Era necessário, apesar da falta que eu tinha dos meus amigos e do meu antigo colégio. Mudar para o Sigma foi como viajar para um lugar desconhecido sem minha família, tendo que me virar sozinha dia pós dia. Mas assim como toda longa viagem, no final você descobre que aquele outro lugar bem podia ser seu lar, afinal lar é onde está seu coração. E meu coração encontrou naquele colégio gigante, cheio de revolucionários e sonhadores, um lar.
Quando dizem que o Ensino Médio é a melhor época de nossas vidas e nós reclamamos, não sabemos como é ruim sair dele. Nesses anos fiz meus melhores amigos, aprendi um pouco mais sobre mim e vivi os momentos mais espetaculares da minha vida. Aprendi que nossos amigos de verdade nos apoiam, brigam com a gente e não só criticam e põe defeitos, mas colocam a gente pra cima e de um jeito ou de outro, nos amam. Nesses últimos dois anos convivi com quarenta e poucos guerreiros que me ensinaram que você não necessariamente gosta de tudo em seus amigos, mas você aprende a respeitar o que você não gosta e talvez ajudá-lo. Convivi com pessoas que não tinham nada em comum, mas quando se juntavam podiam passar momentos inesquecíveis. Vou me lembrar das brigas da Semana Cultural, das canções que cantamos juntos, dos almoços e grupos de estudo. Vou lembrar da cara de choro na aula da saudade 1 e no último dia definitivo de terceiro F. Vou me lembrar que vocês me ensinaram a sonhar porque nunca deixaram que alguém dissesse que vocês não podiam. Parafraseando o velho Roque, vocês são a melhor turma da escola.
E agora se me perguntasse se estou feliz, bem eu diria que estou. Horas antes do meu vestibular oficial, eu só peço a Deus um pouco de sorte porque eu tentei estudar e o Sigma com todas as burocracias ainda tem os melhores mestres que eu podia no mundo. Não só professores, muitos tornaram-se amigos. Me diz como eu vou viver sem esse sofrimento de me matar pra passar em Física? Nunca mais vou gritar "Ele merece!" na aula do Alceu rs. Acho que nenhum professor vai ver isso (talvez o Marti porque ele é todo moderno no face e tals), mas eu gostaria de dizer que Deus coloca cada um deles nessa profissão pra mudar a vida de pelo menos um aluno e os meus professores fizeram bem esse papel. Quando precisei que alguém acreditasse em mim, eles muitas vezes estavam lá. Então, mestres, muito obrigada.
O texto ficou muito longo, mas era minha forma de dizer obrigada às pessoas que participaram dessa fase tão importante da minha vida. Boa sorte no vestibular!