guns ain't roses

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quinta-feira, 12 de julho de 2012

Greve, calourice e afins

Estou devendo esse post sobre a greve das Universidades Federais que está acontecendo no país (incluindo na UnB), mas sempre esqueço, apesar de ser um assunto que muito me interessa. Mas hoje fiquei com vontade de dar as caras aqui no blog e falar sobre esse mundo desconhecido que é a Universidade, post que eu estava planejando fazer quando acabasse o semestre (que agora, sabesse lá quando acaba). Passar no vestibular depois de todo o sofrimento de pré-vestibular e escola puxada, é uma delícia. Depois de ficar bastante ansiosa pelo resultado, merecidas férias e comemorações. Estudar as matérias que você gosta, conhecer gente nova, tudo é muito bom.O problema é que apesar de tudo, as condições dentro da Universidade ainda são bem precárias tanto para os alunos quanto para os professores e se as coisas continuarem como estão, haverá perigo de greve por toda a vida.

Outra crítica que a greve desperta em tem a ver com a dualidade do sistema educacional brasileiro. Não sei bem se a palavra é dualidade, mas o que quero expressar é que em uma momento de greve é que podemos ver que a Universidade que devia ser de todos não é para todos e a maioria da população não está representada entre os estudantes. Notei isso quando invadiram a minha sala falando sobre greve estudantil e eu reagi de maneira deselegante, enraivecida com o desrespeito para com o professor. O "piquete" que aconteceu naquela tarde pediu assistência aos alunos carentes e apoio ao professor grevista. Ainda mantenho minha posição de que piquetes são completamente desrespeitosos e de que a greve estudantil pode até ter uma boa base, mas não irá para frente uma vez que pede uma coisa impossível ou quase impossível.Penso que o pedido dos estudantes torna-se inválido pois não acredito que assistência de qualquer tipo resolve problemas sociais. Na minha humilde opinião, assistência muitas vezes é um tapa buraco da incompetência de muitos governos, talvez até de séculos de governos despreparados e pretenciosos. O real problema do estudante brasileiro pobre é que não há chances verdadeiras para seu ingresso na Universidade, portanto, em número reduzido, não há voz para pedir mudanças que melhorem sua vida dentro da instituição de ensino.

Fora isso, sou filha de professora, entendo os pedidos da greve e entendo como a classe dos professores é subjulgada e desrespeitada nesse país.