guns ain't roses

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Amor de quarta série

Eu estou regredindo. Bem, essa é a palavra quando uma pessoa de quase dezessete anos, daquelas que de tímida não tem nada e usualmente não tem tabus na vida, começa a sentir os estranhos sintomas do amor platônico. Pois é, calafrios, vergonha de falar ou mesmo olhar nos olhos, coradas sem motivo e um leve abestamento.
Eu fico me perguntando o que foi que aconteceu. Ultimamente, eu estou tentando ser menos cética em relação a sentimentos e aprendendo a segurá-los, mas como explicar que eu esteja sofrendo de amor platônico quando a fase do amor platônico já devia ter passado há uns seis anos? Veja bem, todos os pré-requisitos são preenchidos com perfeição: eu nunca falei com a criatura na vida, eu tenho sérios problemas de falta de fala quando ele está à quinze metros de distância (o que é pouco considerando que nossas salas são em lados opostos), eu ando ganhando um tom avermelhado sem motivos e eu penso nele com alguma frequência (!). Mal sei seu nome, não sei do que ele gosta e definitivamente não me sinto segura para falar com ele, nem um oi.
Isso me leva a repetir a pergunta que Renato Russo entoou em Eduardo e Mônica: Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitos pelo coração? Bem, eu digo. Mundo estranho, eu,hein.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Uh, uh... É terceirão?!


Minha vida era perfeita há duas semanas atrás. Eu não acordava cedo como eu pretendia, mas acordava em uma cama de hotel fofinha e quando abria os olhos, as primeiras "coisas" que eu via eram as caretas emburradas das minhas amigas entre sonelentas e entra putas com o tio da Diana (interna) e apesar de tudo isso era um bom sinal. Era o sinal de que estávamos em um lugar cujo fuso-horário confundia o tio da nossa amiga e por isso ele cismava em ligar horas mais cedos. Um lugar coberto de neve, aliás. Com waffles no café, véi!!!!!!!!!

Ok, mas não é de Boston, nem dos EUA, nem de nada relacionado à minha viagem, que eu vou falar. Isso exigiria muito mais que um post e assim que eu criar coragem, eu vou escrever tudinho. O que eu quero falar hoje é sobre como a realidade é uma porcaria.

Lá estava eu, em meu sonho perfeito com neve e amigos e gente falando inglês. Cá estou eu, um calor infernal durante o dia, chuva inusitada, duas semanas sem ver Law and Order porque adivinha?! No horário de Law and Order, eu estou fazendo DEVER DE CASA! E não é nem que as matérias estejam difíceis, não estão, mas o ritmo é outro, o esquema é outro e dessa vez não são só provas: é vestibular, é a vida!

Então, esse é só um post para reivindicar meus direitos de assistir televisão à noite toda, dormir às 22 horas, fazer biscoitos a hora que eu quiser e ler os milhares de livros na fila.

ps: Dia 28 começam minhas provas. Preparem-se para posts com raiva do mundo.

sábado, 12 de fevereiro de 2011

All the pictures have all been washed in black...

Existem momentos na vida em que você para e pensa "Puta merda, eu mudei". E existem aquelas pessoas que tem esses momentos todas as horas da vida. Bom, vou contar um segredo para vocês: em geral, elas não mudaram coisa nenhuma, he. Elas querem mudar e se elas tiverem um pé na merda (que nem essa que vos escreve), elas não mudarão.
O fato é que às vezes essas pessoas começam a querer tanto uma mudança imediata que elas que... Elas quebram a cara! E aí quando elas desistem de tentar espremer mudanças nos fatos mais estranhos e comuns do dia-à-dia, a mudança finalmente vem.
A adolescência é um momento irritante da nossa vida exatamente porque nós esperamos tantas mudanças e responsabilidades ao decorrer dos anos e nada vem ou parece vir evidentemente, mas quando olhas para trás as coisas passaram mais rápido do que esperávamos e já estão deixando o sabor amargo da saudade.
Estive pensando nisso enquanto viajava e principalmente ontem quando fui à colação de grau da minha prima. Já estava emotiva porque via todas aquelas pessoas, algumas muito humildes que provavelmente eram as primeiras a se graduarem na família e eu ficava imaginando como elas estavam se sentindo. Depois fiquei pensando em toda pressão para entrar na Universidade que antes não era uma realidade, mas agora está bem na minha porta e é uma responsabilidade unicamente minha. E por fim, pensei que em breve estarei saindo da escola e rumando para outro lugar que provavelmente não é nada parecido com a escola.
Pensei em meus amigos e percebi que muitos se perderão em velhas fotografias. Muitos deles me fizeram ser quem sou. Alguns (na verdade, algumas e aí vai um agradecimento especial à uma garota que especificamente teve um nilo de paciência comigo) enxugaram lágrimas, outros fizeram que eu as derramasse. De muitos eu gostei, com alguns eu me atritei. E houveram aqueles que eu magoeei e não me perdoarão, aqueles que eu magoeei e que aos poucos vão me perdoar e os que me magoarão sempre e ainda asssim serão sempre pessoas que me fazem ser quem sou. E ao final deste ano, talvez o pra sempre não seja pra sempre, de fato.
O fato é que as mudanças virão e estão vindo, e espero que pelo menos por enquanto nós estejamos muito como sempre. Everlong.