guns ain't roses

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sábado, 12 de fevereiro de 2011

All the pictures have all been washed in black...

Existem momentos na vida em que você para e pensa "Puta merda, eu mudei". E existem aquelas pessoas que tem esses momentos todas as horas da vida. Bom, vou contar um segredo para vocês: em geral, elas não mudaram coisa nenhuma, he. Elas querem mudar e se elas tiverem um pé na merda (que nem essa que vos escreve), elas não mudarão.
O fato é que às vezes essas pessoas começam a querer tanto uma mudança imediata que elas que... Elas quebram a cara! E aí quando elas desistem de tentar espremer mudanças nos fatos mais estranhos e comuns do dia-à-dia, a mudança finalmente vem.
A adolescência é um momento irritante da nossa vida exatamente porque nós esperamos tantas mudanças e responsabilidades ao decorrer dos anos e nada vem ou parece vir evidentemente, mas quando olhas para trás as coisas passaram mais rápido do que esperávamos e já estão deixando o sabor amargo da saudade.
Estive pensando nisso enquanto viajava e principalmente ontem quando fui à colação de grau da minha prima. Já estava emotiva porque via todas aquelas pessoas, algumas muito humildes que provavelmente eram as primeiras a se graduarem na família e eu ficava imaginando como elas estavam se sentindo. Depois fiquei pensando em toda pressão para entrar na Universidade que antes não era uma realidade, mas agora está bem na minha porta e é uma responsabilidade unicamente minha. E por fim, pensei que em breve estarei saindo da escola e rumando para outro lugar que provavelmente não é nada parecido com a escola.
Pensei em meus amigos e percebi que muitos se perderão em velhas fotografias. Muitos deles me fizeram ser quem sou. Alguns (na verdade, algumas e aí vai um agradecimento especial à uma garota que especificamente teve um nilo de paciência comigo) enxugaram lágrimas, outros fizeram que eu as derramasse. De muitos eu gostei, com alguns eu me atritei. E houveram aqueles que eu magoeei e não me perdoarão, aqueles que eu magoeei e que aos poucos vão me perdoar e os que me magoarão sempre e ainda asssim serão sempre pessoas que me fazem ser quem sou. E ao final deste ano, talvez o pra sempre não seja pra sempre, de fato.
O fato é que as mudanças virão e estão vindo, e espero que pelo menos por enquanto nós estejamos muito como sempre. Everlong.

Um comentário:

Milena Buarque disse...

Às vezes falo que tenho medo de mudanças, mas, na verdade, é só vontade de dizer isso. Pois é incrível como nós nunca somos iguais no momento seguinte, na próxima hora, no outro dia e ainda mais naquele ano que virá. Não somos. Não seremos.

Adoro ler coisas antigas. Cartas guardadas e fotos arquivadas. Estava fazendo isso ontem.
Nessas horas que a gente percebe a mudança. E sente saudade também, não é?!
E, na maioria das vezes, nós preferimos o hoje, o que é muito bom.

Um beijo,
:*