guns ain't roses

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quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Amor de quarta série

Eu estou regredindo. Bem, essa é a palavra quando uma pessoa de quase dezessete anos, daquelas que de tímida não tem nada e usualmente não tem tabus na vida, começa a sentir os estranhos sintomas do amor platônico. Pois é, calafrios, vergonha de falar ou mesmo olhar nos olhos, coradas sem motivo e um leve abestamento.
Eu fico me perguntando o que foi que aconteceu. Ultimamente, eu estou tentando ser menos cética em relação a sentimentos e aprendendo a segurá-los, mas como explicar que eu esteja sofrendo de amor platônico quando a fase do amor platônico já devia ter passado há uns seis anos? Veja bem, todos os pré-requisitos são preenchidos com perfeição: eu nunca falei com a criatura na vida, eu tenho sérios problemas de falta de fala quando ele está à quinze metros de distância (o que é pouco considerando que nossas salas são em lados opostos), eu ando ganhando um tom avermelhado sem motivos e eu penso nele com alguma frequência (!). Mal sei seu nome, não sei do que ele gosta e definitivamente não me sinto segura para falar com ele, nem um oi.
Isso me leva a repetir a pergunta que Renato Russo entoou em Eduardo e Mônica: Quem um dia irá dizer que não existe razão nas coisas feitos pelo coração? Bem, eu digo. Mundo estranho, eu,hein.

3 comentários:

Milena Buarque disse...

Eu gosto de estar assim. Não sei se num amor platônico, mas gosto desses sintomas todos.
Antigamente - e até hoje tenho um pouco desse ceticismo - me bastava apenas gostar. Sentia-me completa. Parece que gostava também da parte do sofrer.
Pode ser que sim. Mas é muito bom o gosto doce. :)

Um beijo,
:*

Anônimo disse...

Admito que entrei no blog por pura e mera curiosidade, mas acabei me envolvendo. O jeito que você escreve é incrível. Decidi comentar depois de ler o post "Deus e eu (bem longe do sertão)", que achei lindo. Tinha até intenção de comentar nele, mas não sei se você veria (não entendo do funcionamento de blogs), então coloquei aqui. O que quero dizer é, resumidamente, parabéns (e continue sempre escrevendo).

Cris Cavaletti disse...

Obrigada, Anônimo!
Eu realmente não sou boa com palavras de agradecimento, mas se eu o estivesse vendo agora provavelmente estaria pulando e te abraçando pois estou mesmo sem palavras.