Meus dezoito anos começaram em um dia remoto de janeiro de 2012. Eu recebi naquele dia a notícia que iniciou minha maioridade: fui aprovada na UnB. Para mim fazer dezoito anos foi sempre significado de Universidade e carro. Ou seja, de pura liberdade. De me aventurar, de fazer coisas que eu gosto... E pela primeira vez na vida, posso dizer que boa parte do meu desejo de mudança se realizou!
Vou dizer que Ensino Superior não é lá aquelas coisas. Finalmente você estuda o que você quer e tal, mas tem tanta coisa que te frustra que até te desmotiva um pouco. Eu não sei como é em faculdade particular, mas me sinto um pouco assim. Tem até o ponto ponto nisso tudo, por incrível que pareça: é na faculdade que você percebe que agora é com você, não tem mais professor amigo, não tem mais seu amigo da vida toda para te consolar, welcome to the jungle. Ah! E claro, as dificuldades do colégio ainda existem: matérias chatas, professores que se acham e babacas (só que agora são radicais malucos e playboys que some how estão na faculdade, mas maturidade zero).
Foi um pouca dessa frustração com o meu curso que surgiu a vontade de trabalhar, ou não sei, a vontade de trabalhar surgiu e acabou contornando um pouco a frustração que eu viria a ter. Não sei, mas fiquei feliz. Fiquei feliz de encontrar algo em que eu faço as coisas direito, em que eu sou responsável pelas coisas que entrego. Isso é uma das sensações boas de crescer, a independência. Falo dela no blog desde o meu primeiro post comemorativo de aniversário e acho que vai ser o tema até... Bem, não sei até quando, mas é o jeito que tenho de mensurar meu amadurecimento. Para mim, independência é a capacidade de fazer as coisas sozinhas e ainda estou aprendendo.
Mas em resumo. Em 2012, eu...
Aprendi que a vida é feita de coisas complexas e de coisas simples. As coisas complexas de fazem crescer, as coisas simples te fazem ser feliz. Eu comecei a criar projetos que mesmo que só venham no futuro, nasceram agora, dessa vontade jovem de deixar a marca no mundo.
Eu amei intensamente e aprendi a me amar intensamente. Fui muito feliz. Descobri que gosto de Psicologia, política e de coisas sobre auto-conhecimento. Quero conhecer mais sobre pessoas e personalidades. Que não há nada como escutar Michael Bublé depois de um estressante, sozinha no meu carro, dirigindo de volta para casa. E que não há nada como pizza, simplesmente, não há.
Fiz novos amigos, amigos diferentes de mim e amigos que são minhas soul mates.
Me reencontrei com Deus em pessoas. Renovei minha fé nas coisas pequenas e na alegria de estar com pessoas alegres por estarem em Deus.
Vi o Paul McCartney ao vivo e tive a certeza que existem bandas que tem uma música para cada momento da vida.
Cozinhei menos, abandonei a dança, voltei para academia (é uma tortura, mas foi o jeito).
Viajei, beijei, dancei muito. Fui para umas festas loucas, diferentes de tudo que eu já tinha visto. Foi legal.
Sei lá, fui feliz.
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